8 de janeiro de 2012

NAVIO VAPOR RIVADAVIA

A cada leva de imigrantes era feito um contrato celebrado entre o GOVERNO IMPERIAL e o contratador de imigrantes. Em 17-03-1877 O  Sr. JOAQUIM CAETANO PINTO JUNIOR, um contratador de imigrantes, conduz do Porto de HAVRE na França até a cidade de RIO DE JANEIRO no Brasil, o vapor RIVADAVIA, trazendo a bordo 294 imigrantes italianos. Foram esses os primeiros imigrantes em AZAMBUJA e também os primeiros colonizadores do Município de Treze de Maio-SC.
Listagem

Do Norte da ITÁLIA, partiram de trem até o Porto de Havre, na FRANÇA. Chegaram no RIO DE JANEIRO a bordo do NAVIO VAPOR RIVADAVIA dia 10-04-1877. Do RIO DE JANEIRO até DESTERRO e LAGUNA, seguiram embarcados nos PAQUETES (Pequenas embarcações costeiras). De LAGUNA até TUBARÃO seguiram viagem em grandes canoas, fretadas, chegando em TUBARÃO no dia 16-04-1877. De TUBARÃO até PEDRAS GRANDES a viagem foi feita de carros-de-bois, também fretados. De PEDRAS GRANDES até à COLONIA DE AZAMBUJA seguiram a pé com suas bagagens nas costas e em algumas mulas compradas. É dia 28-04-1877. Foram exatos 43 dias de viagem.

Neste navio a vapor veio os meus futuros trisavôs paternos: Domenico Mózerle, Luigi Nandi e Giácomo Grassi. Digo futuro porque o GENEARCA Sr. FORTUNATO SALVAN só chegou em AZAMBUJA no dia 15-12-1887, dez anos depois. Um dos filhos de FORTUNATO, o Emilio Salvan, casa-se com Mália, filha de Domênico Mózerle. O Filho de Emilio, meu avô Attilio Salvan, casa-se com Verônica Nandi, neta de Luigi Nandi e Giácomo Grassi. É o destino.

Trecho do romaneio de chegada do Vapor RIVADAVIA, quando chegou no Porto do RIO DE JANEIRO no dia 10-04-1877:

“.......Este vapor traz 294 imigrantes Italianos contratados  por JOAQUIM CAETANO PINTO JUNIOR. Foram baldeados para a Fragata Nacional “Rio de Janeiro” 292 que seguirão para Stª Catharina......tendo ficado 2 nesta côrte, as quais forão para a hospedaria, e dali seguirão para a Colônia Porto Real...”

As famílias que também vieram nesta viagem, com destino à colônia de AZAMBUJA,  na qual chegaram no dia 28 de abril de 1877, foram: Tonni, Sabaini, Costa, Bono, Vannelli, Signoretti, Caldana, Carrara, Cassago, Visentini, Balzanelli, Corradini, Stori, Grassi, Cartelli, Margaritti, Zani, Bortoluzzi, Castelletti, Vigarani, Canavesi, Cestaro, Magri, Furgheri, Nandi, Cagnola, Cavazzoni, Carboni, Frasi, Brocca, Fornasa, Folchini, Franchi, Lummi, Pasetto, Araldi, Manfredini, Dalla Pegorara, Molon, Castagneti, Cipriani, Margotto, Mózerle, Turossi, Perdoná, Chierico Colato, Businaro,  Moretto, Burato, Ferrari, Zanella, Padovani, Mudolon (Modolon?), Tanchella, Scremin, Baggio, Parise, Bressan, Bardini, Martinelli, Manarin, Marza, Lodigiani, Berti, Berlanda, Brolese, Minato, Pelizzer, Fragran, Busani, Ghiraldo, Manfredi, Battain (Giovanni Battain, o professor), Echarlod e Echarlot. Estas duas últimas eram franceses, não vieram para o Sul e foram para a Colônia Porto Real. 

Grande parte desses imigrantes, se estabeleceram em: PEDRAS GRANDES, RIO CINTRA, RIO SEGUNDO CONFLUENTE (atual comunidade de São João de Azambuja), RIACHO DO NORTE, CANELA GRANDE, ARMAZÉM (Próximo a Rancho dos Bugres) e alguns ficaram na sede da colônia (AZAMBUJA).

Muitos, com o passar dos tempos, foram migrando e formando as comunidades de RIO CINTRA, SANTA CRUZ, LINHA PAIVA, RIBEIRÃO D’AREIA, RIO CORUJA, SÃO SEBASTIÃO, LINHA CAIPORA (Vila Maria), 2ª LINHA URUSSANGA (Atual São João de Urussanga Baixa), LINHA JESUINO CORREA (Hoje atual comunidade de LINHA FRAGNANI em TREZE DE MAIO-SC) e outras Localidades como SERTÃO DOS MENDES, SERTÃO DOS CORREIA, LINHA MESQUITA, LINHA FAUSTO JUNIOR.. pois ainda em 1887, A colônia de AZAMBUJA,  prolongou-se até o Núcleo Presidente Rocha, primeiro nome do município de Treze de Maio(SC), onde estava reservado um quadro de 121 hectares, para a futura sede.

Núcleo Presidente Rocha, um dos primeiros nomes do atual Município de TREZE DE MAIO-SC, foi uma homenagem ao Presidente da Província, FRANCISCO JOSÉ ROCHA.

“.....Em 1897, com a morte do Sesmeiro JOÃO ANTONIO DE MEDEIROS, acelerou-se o desmembramento da Sesmaria dos Medeiros, através de seus herdeiros. Os filhos dos imigrantes italianos expandiram o núcleo, adquirindo terras na antiga Sesmaria. Num processo migratório, foram descendo os morros...” “Fonte: Livro Italianos em Santa Catarina, página 231 de WALTER FERNANDO PIAZZA editora LUNARDELLI, 2001.”

Foi a partir do ano 1897, que se deu inicio a colonização de Rio Vargedo. Foi graças ao empreendedorismo das famílias: JOÃO BERTHOLDO VEIRA, SORATTO, SALVAN lideradas por JOSÉ e EMÍLIO, SIMON na pessoa do Sr. PEDRO e FELIX SIMON, todos agricultores, suinocultores e pecuaristas, FORMENTIN na pessoa do Sr. SEBASTIÃO FORMENTIN, o grande madeireiro da época, MANOEL LÚCIO MACHADO.

            As famílias: Cardozo, Cardoso, Pacheco, Zé Mateus, João Eduardo, Vieira,  Bertholdo, Mateus, Zé Venâncio, Fidelix, Botega, Machado, Lopes, Mendes, Souza, Ricardo, Hilário, Silva, Teixeira, Rodrigues, Garcia, Ferreira, Medeiros, Marques, Serafin Corrêa, Américo, Custódio, Santana,  que já habitavam essas terras, alguns desde o ano de 1887, foram vendendo e ou cedendo suas propriedades para as famílias SALVAN, SIMON, CESCA e SARTOR.....
Roque Salvan – 03/2006

Berço da colonização italiana no Sul do Estado, Pedras Grandes, município essencialmente agrícola, recebeu os primeiros imigrantes no ano de 1877. Pedras Grandes, teve seu começo pela colonização de AZAMBUJA ou melhor, COLÔNIA DE AZAMBUJA,  a primeira leva de imigrantes vieram 90 famílias, 291 pessoas ao todo. – Trechos do Livro: conhecer para Amar, do Professor Antônio Bardini, (Pág:05), de TREZE DE MAIO(SC).

Lista de passageiros do Navio Vapor Rivadávia
Navio Vapor RIVADAVIA – página 01
Navio Vapor RIVADAVIA – página 02

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